O TRATAMENTO DA OSTEOARTRITE É CONTÍNUO

Há alguns anos a osteoartrite era vista como uma doença progressiva, sem perspectivas de tratamento e natural do processo de envelhecimento.

Há alguns anos a osteoartrite era vista como uma doença progressiva, sem perspectivas de tratamento e natural do processo de envelhecimento. Hoje em dia, felizmente, descobriu-se que é possível modificar sua evolução tanto em relação aos sintomas imediatos quanto ao seu curso futuro.

Para isso acontecer, no entanto, é necessário que o paciente entenda a doença e suas implicações e, principalmente, se comprometa com o tratamento, já que ele é seu principal beneficiário. Por se tratar de uma doença crônica, em muitos casos será necessário fazer alterações significativas no estilo de vida. Ter orientação e acompanhamento médico também é fundamental para o sucesso do tratamento.

Relembrando: o que é a osteoartrite?

A osteoartrite é uma doença que se evidencia pelo desgaste da cartilagem articular, atingindo frequentemente as articulações que sustentam peso, como o joelho e o quadril, mas que pode ocorrer também em outras articulações, como as das mãos, por exemplo. Pode ser conhecida também como artrose, osteoartrose ou doença articular degenerativa. A doença ocorre por causa de um desequilíbrio entre a destruição e a formação dos principais elementos da cartilagem, o que pode ser causado por sobrecarga mecânica (excesso de peso ou de impacto, por exemplo), fatores genéticos e alterações bioquímicas da cartilagem e membrana sinovial.

O tratamento:

O objetivo principal do tratamento da osteoartrite é aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida da pessoa que tem a doença. O tratamento é composto por medidas farmacológicas (medicamentos prescritos pelo médico) e não-farmacológicas, como exercícios físicos, fisioterapia, uso de órteses (dispositivo que melhora, auxilia ou substitui uma função, como bengala e joelheira, por exemplo) etc. Em alguns casos mais graves é recomendada a cirurgia.

A fisioterapia e os exercícios físicos são muito importantes para fortalecer os músculos (prevenindo a atrofia muscular), melhorar a flexibilidade, promover a estabilidade articular e postural e melhorar o condicionamento físico, além de ajudarem no alívio da dor. O tipo de exercício mais indicado para cada caso e a frequência com que deve ser praticado deve seguir a orientação de um médico ou profissional de saúde que entenda da doença e suas implicações.

Alguns pacientes sentem melhoras nos sintomas ao fazer uso de massagens, acupuntura e quiropraxia, mesmo que essas práticas não tenham evidência científica. Se você tiver dúvidas se alguma delas vale a pena, peça orientação ao seu médico.

É bom lembrar:

  • Para o tratamento trazer melhorias na qualidade de vida é necessário seguir as recomendações do médico e permanecer firme. Dessa forma seus frutos poderão ser colhidos em longo prazo.
  • Evite a automedicação ou a adesão a conselhos de amigos e familiares que não são médicos. Por melhores que sejam as intenções, há remédios e tratamentos ditos naturais que podem trazer problemas.
  • Converse sempre com o seu médico antes de fazer qualquer modificação no tratamento prescrito.

Referências bibliográficas:

  1. COMISSÃO DE OSTEOARTRITE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Osteoartrite (artrose) – Cartilha para pacientes. São Paulo, 2011, 24 p.
  2. PROJETO DIRETRIZES. ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA (AMB), CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Osteoartrite (Artrose): Tratamento. São Paulo: AMB/CFM; 2003. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/077.pdf. Acesso em: 26 de abr. 2016.
  3. DUARTE, V.S.; SANTOS, M.L.; RODRIGUES, K.A.; RAMIRES, J.B.; ARÊAS G.P.T.; BORGES, G.F. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 26, n. 1, p. 193-202, jan/mar. 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/fm/v26n1/22.pdf. Acesso em: 26 de abr. 2016.

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