O diagnóstico é mais comum do que se imagina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 30% da população enfrenta a dor crônica. Só no Brasil são 60 milhões de pessoas, segundo a Sociedade Brasileira para Estudos da Dor (SBED). A SBED explica que o aumento no número de casos no mundo pode estar relacionado a fatores como mudanças nos hábitos da população, maior longevidade, prolongamento de sobrevida dos doentes e alterações no meio ambiente.
De modo geral, a dor crônica é sinal de que há uma disfunção no sistema nervoso ou nas fibras nervosas de determinado membro. Na maior parte dos casos, está associada a doenças crônicas, como artrose ou fibromialgia.
Por ser persistente, a dor crônica é uma doença que afeta consideravelmente a qualidade de vida do paciente. Não apenas a condição física dele é alterada, como também a saúde mental e o comportamento. Um exemplo disso está no fato de que várias pessoas que enfrentam a dor crônica são diagnosticadas com depressão.
Diante de tanto incômodo, não são raros pacientes que deixam sua rotina de lado e se isolam do convívio social. Em alguns casos, a dor se torna um obstáculo para seguir com a vida profissional, os eventos familiares e as atividades recreativas. Torna-se um verdadeiro desafio viver como antes da dor.
Nesse sentido, é comum que os pacientes sejam cada vez mais sedentários, causando mais consequências negativas à saúde. O sedentarismo pode desencadear doenças como diabetes e pressão alta. Além disso, o ganho de peso pode fazer as dores piorarem. Ou seja, quanto mais parados e isolados em casa, pior o quadro.
Alguns pacientes ainda têm a qualidade do sono prejudicada, já que a dor crônica e o estresse da situação afetam a hora de dormir. Mais uma vez, o bem-estar é afetado e os indivíduos se sentem desmotivados. Afinal, horas de sono com qualidade são fundamentais para o bom funcionamento do organismo.
Todos esses fatores contribuem para o isolamento e aumento dos casos de depressão entre os pacientes que sofrem com a dor crônica.
Embora não exista cura para a dor crônica, é possível tratar a doença para controlá-la. Com alguns cuidados, é possível melhorar a qualidade de vida e driblar os aspectos negativos do diagnóstico. É possível conviver com a dor crônica e se manter ativo. Abaixo, algumas dicas para o bem-estar do paciente:
Parece óbvio dizer isso, mas vale repetir: procure ajuda médica. Apesar da dor, algumas pessoas seguem acreditando que “vai passar” e vivem anos sem tratar a dor crônica. Porém, quanto antes procurar ajuda, mais rápido a dor será controlada. Além disso, um especialista será capaz de identificar quais as causas e os melhores tratamentos.
Como comentamos, é comum a dor crônica levar ao isolamento e ao sedentarismo. Inclusive, muitos pacientes acreditam que atividades físicas podem piorar o quadro. No entanto, o movimento pode ajudar a tratar o desconforto. Sem falar nos inúmeros benefícios dos exercícios para a saúde, como: diminuir o risco de doenças, aliviar o estresse e melhorar a qualidade do sono.
Você sabia que a meditação pode ajudar no tratamento da dor? Um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, indica que a prática diária contribui para amenizar o desconforto. Nesse sentido, terapias alternativas podem ser boas aliadas no tratamento de pacientes com dor crônica.
Além da meditação, a acupuntura apresenta bons resultados. Nessa terapia, certos pontos do corpo são estimulados para liberar neurotransmissores no organismo. Isso equilibra o funcionamento do organismo, aumenta a sensação de bem-estar e contribui para o alívio da dor.
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