A osteoporose é uma doença em que os ossos vão ficando mais porosos com o tempo e, por isso, mais frágeis e quebradiços. Como esse processo não é algo que acontece de uma hora para outra, há alguns exames que podem ser feitos tanto para um diagnóstico precoce como para o acompanhamento de sua evolução e tratamento.

Assim como em outras patologias, tempo é um fator essencial para o tratamento da osteoporose. Quanto antes for identificada, maior a possibilidade de proteger os ossos, evitar fraturas e, assim, proporcionar mais qualidade de vida para o paciente.

Os exames que possibilitam o diagnóstico da condição são variados: laboratoriais, não laboratoriais, que avaliam a reabsorção ou formação  óssea; e são indicados dependendo do perfil do paciente e estágio da doença. Veja mais a fundo quais são eles e como podem ajudar no diagnóstico da osteoporose:

Exames não laboratoriais

• Densitometria óssea

O principal exame para detectar a doença é a densitometria óssea, que mede a densidade mineral óssea (DMO), normalmente, da coluna lombar e da região do fêmur que fica próxima ao quadril (outros ossos também podem ser analisados). Com esse exame é possível saber se o osso está ficando mais frágil, avaliar o risco de fraturas e acompanhar a evolução da doença.

O exame é indolor e não traz nenhum incômodo ao paciente, já que é semelhante a um raio X, mas com uma dose de radiação bem menor. Homens e mulheres com mais de 50 anos e histórico de osteoporose na família, ou sem histórico e mais de 65, devem fazer o exame anualmente.

Exames laboratoriais

Além da densitometria, exames laboratoriais também podem fornecer informações úteis para o diagnóstico. Eles permitem que sejam identificadas outras possíveis causas para a osteoporose, que se tratadas podem ajudar a melhorar a saúde óssea.

       – Exames de sangue podem incluir:

• Cálcio no sangue – Em geral, está normal na osteoporose, mas pode se apresentar elevado em outras doenças ósseas

• Vitamina D – Carência dessa vitamina pode provocar queda na absorção de cálcio

• Avaliação da tireoide – Para pesquisar doenças da tireoide

• Paratormônio (PTH) – Para pesquisar hiperparatireoidismo

• Hormônio estimulante dos folículos (FSH) – Para identificar menopausa

• Testosterona – Para verificar deficiência em homens

• Eletroforese de proteínas – Para identificar a existência de proteínas anormais.

• Fosfatase alcalina – Níveis elevados podem indicar problemas ósseos.

• Marcadores ósseos

São exames de sangue e de urina pedidos algumas vezes para avaliar a velocidade de reabsorção e de formação óssea. Os marcadores podem ser usados para determinar o risco de fratura e/ou para monitorar a resposta a tratamento com uso de medicamentos em pacientes com diagnóstico de doenças como osteoporose.

Por que tornar os exames regulares?

Apesar da osteoporose ter causas variadas, muitas pessoas continuam atrelando a condição a idade e a diminuição da produção do estrogênio após a menopausa. Por esse motivo, as mulheres acima dos 50 anos são o grupo mais afetados, pois os hormônios produzidos pelo corpo feminino durante a idade reprodutiva ajudam a regular também a formação dos ossos. Quando esses hormônios não são mais liberados naturalmente, o processo de renovação óssea pode entrar em desequilíbrio (entenda melhor assistindo ao nosso vídeo sobre o assunto).

Além dos hormônios sexuais, o processo de renovação óssea também é afetado por outros fatores, como a quantidade de cálcio e vitamina D no organismo, os hábitos alimentares, o uso de cigarro, a ingestão de bebidas alcóolicas, o consumo de cafeína, o sedentarismo ou o excesso de exercícios (quando provoca a ausência de menstruação).