A pandemia de Covid-19 impactou vidas em todo o mundo. E, infelizmente, as gestantes não ficaram imunes aos desafios dessa realidade. Recentemente, um estudo internacional liderado pelo Instituto de Saúde Materna e Perinatal de Oxford (OMPHI) lançou luz sobre a relação entre a variante Ômicron e a gravidez. O estudo Intercovid foi conduzido em 41 hospitais de 18 países, incluindo o Brasil, com a participação do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA).

Os resultados foram claros: durante a gravidez, essa variante aumenta significativamente os riscos para as gestantes. Mulheres grávidas que foram diagnosticadas com sintomas de Covid-19 causados pela variante Ômicron enfrentaram complicações graves na gravidez e precisaram ser submetidas a  internações hospitalares.

Gestantes enfrentam um maior risco de complicações decorrentes de infecções virais, incluindo infecções bacterianas secundárias, coagulação intravascular disseminada e disfunção de múltiplos órgãos. Adicionalmente, a infecção por Covid-19 durante a gravidez pode aumentar a probabilidade de distúrbios de coagulação na mãe e elevar o potencial de lesões na placenta.

As descobertas também destacaram a importância crucial da vacinação. Gestantes que não estavam completamente vacinadas enfrentaram riscos mais altos de sintomas graves da Covid-19 e complicações. Por outro lado, aquelas que estavam completamente vacinadas mostraram-se bem protegidas, além de apresentarem um risco muito baixo de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O estudo ressaltou também que é muito importante que as mulheres sejam completamente vacinadas. Essa medida de proteção não é apenas para as gestantes, mas também para a saúde dos bebês que estão por vir.

Os pesquisadores e profissionais de saúde enfatizam a importância de integrar a vacinação contra a Covid-19 à rotina de cuidados pré-natais em todo o mundo. A cobertura vacinal entre as gestantes ainda é insuficiente em muitos lugares, segundo a Rede Nacional de Dados em Saúde, cerca de 21,6% das 3 milhões de gestantes previstas para receberem o imunizante foram vacinadas no PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Portanto, a mensagem é clara: a vacinação completa é essencial para proteger as gestantes e garantir uma gravidez saudável.

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