COMO TRATAR A EPILEPSIA NA GRAVIDEZ

A gravidez é marcada por uma série de mudanças no corpo. Alterações hormonais e ganho de peso são apenas alguns exemplos das transformações

A gravidez é marcada por uma série de mudanças no corpo. Alterações hormonais e ganho de peso são apenas alguns exemplos das transformações que as gestantes enfrentam. Diante disso, é importante estar atenta aos sinais do corpo para direcionar os cuidados, garantindo uma gravidez saudável e segura.

Esses cuidados podem variar conforme as particularidades de cada mulher. No caso das gestantes com epilepsia, a atenção deve ser redobrada, já que a frequência das crises podem ter alterações. Geralmente, são mais frequentes no terceiro trimestre de gravidez. Nesse sentido, o acompanhamento médico é importante para assegurar o desenvolvimento saudável do bebê.

É preciso se preocupar?

Apesar da necessidade de cuidados extras, as chances do bebê nascer saudável são grandes. Estudos indicam que em 90% dos casos as crianças nascem com saúde e não apresentam qualquer problema de formação. Além disso, mais de 90% das gestantes com esse distúrbio neurológico seguem a gestação com sucesso.

Embora a estimativa seja otimista, não podemos deixar de mencionar qual o risco de malformação fetal. Enquanto na população geral esse risco fica entre 2% a 3%, quando falamos de gestantes epilépticas que fazem uso de medicação específica, o número sobe para 3% a 10%. Por esse motivo, alguns cuidados são necessários.

Cuidados necessários

Mulheres com epilepsia devem adotar cuidados extras desde o planejamento da gestação até o pós-parto. No geral, seguindo as orientações médicas é possível levar a gravidez e amamentação sem problemas. Abaixo, veja os principais cuidados em caso de epilepsia na gravidez.

Acompanhamento médico

Como já comentamos, o acompanhamento médico é fundamental. Antes mesmo de engravidar, é desejável que a mulher busque orientação de um neurologista. Assim, é possível que os cuidados sejam tomados desde as primeiras semanas de gestação. Garantir que as crises estejam bem controladas é o caminho para uma gravidez de sucesso. Além disso, como em toda a gestação, o pré-natal é fundamental para assegurar a saúde da mãe e do bebê.

Dosagem da medicação

No acompanhamento médico, a dosagem da medicação será ajustada para se adequar às necessidades da paciente. É muito importante que a gestante siga as orientações do tratamento indicado pelo especialista. Caso contrário, qualquer alteração pode ser perigosa ao bebê. Você não deve, por exemplo, suspender o uso do medicamento contra as crises ou aumentar a dose, caso a frequência tenha diminuído ou aumentado. Mudanças sem orientação médica podem ter consequências negativas ao feto.

Uso de ácido fólico

Geralmente, é recomendado o uso de ácido fólico antes e durante a gestação para diminuir o risco de malformação fetal. A vitamina costuma ser prescrita para os três meses antes de engravidar e mantida durante o primeiro trimestre de gravidez. Por isso, é interessante que a mulher busque a orientação de um especialista quando começar a planejar a gestação.

Suplementação de vitamina K

Alguns profissionais indicam a suplementação de vitamina K no terceiro trimestre da gravidez para evitar a doença hemorrágica do recém-nascido. Porém, outros profissionais prescrevem a vitamina K ao recém-nascido após o parto.

Cuidados na amamentação

Mulheres com epilepsia podem amamentar normalmente, mas devem seguir algumas orientações para evitar complicações. Como alguns medicamentos usados no tratamento da doença podem afetar o bebê, causando irritação e sonolência, é indicado que o aleitamento aconteça após uma hora do uso da medicação.

Também é indicado que a mãe amamente sempre sentada para evitar acidentes, afinal, podem acontecer convulsões enquanto amamenta. Além disso, a amamentação deve ser dosada de forma a evitar o cansaço excessivo da mãe.

Ao observar que a criança apresenta algum efeito contrário, deve-se buscar orientação médica. Se for o caso, a amamentação pode ser reduzida ou até suspensa.

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