Epilepsia
Para aproveitar todos esses benefícios e descansar bem o corpo, o indicado é dormir de seis a oito horas por noite sem interrupções. Porém, quem tem epilepsia sabe como nem sempre é fácil ter uma noite de sono completa. Na verdade, os pacientes enfrentam uma relação mais delicada e complexa com o sono do que o comum. Tanto a doença influencia o sono, quanto o sono influencia a doença.
Como comentamos, a relação entre epilepsia e o sono é mais complexa do que o geral. O sono pode ser um ativador de crises, assim como o tratamento da doença pode afetá-lo. Pessoas com epilepsia podem ter a estrutura do sono alterada, o que causa um sono fragmentado, ou seja, elas acordam várias vezes durante a noite. Além disso, é comum enfrentar a sonolência durante o dia.
Também é frequente que os pacientes com epilepsia tenham distúrbios do sono. Estudos indicam que a síndrome da apneia e a hipopneia obstrutiva do sono estão relacionadas à epilepsia. Com todas essas alterações e interferências, a qualidade de vida e o bem-estar do paciente também são afetados.
Diante desse cenário, o tratamento da doença mostra-se ainda mais importante. Quando se trata a epilepsia, diminui-se as queixas de problemas relativos ao sono. O mesmo vale para o tratamento dos distúrbios do sono. Ao controlar eles, há um melhor controle nas crises de epilepsia.
Além dos pontos relatados sobre a relação entre a doença e o sono, há ainda outra questão importante: a epilepsia noturna. Esse é um tipo de epilepsia que acontece exclusivamente quando a pessoa está sonolenta, no processo de adormecer, ou dormindo. Durante esse período, o paciente pode ter uma crise parcial ou generalizada.
Entenda a diferença entre os dois tipos de crise:
Crise de epilepsia noturna parcial
Quando apenas um membro do corpo (perna, braço, parte do rosto, por exemplo) sofre os sintomas da epilepsia.
Crise de epilepsia noturna generalizada
Nesse caso, o corpo todo da pessoa é afetado. Porém, é possível que essa crise seja sutil, sem apresentar a contratura muscular típica de uma crise generalizada de epilepsia.
A pessoa costuma adormecer depois da crise e nem sempre se lembra que ela aconteceu. Por conta disso, é comum confundir a epilepsia noturna com casos de sonambulismo ou terror noturno, por exemplo.
Como o paciente dificilmente se lembra do que ocorreu, chegar ao diagnóstico exato pode ser uma tarefa difícil para o médico. E mesmo que se lembre, os movimentos involuntários, que podem ser sutis, podem ser facilmente confundidos com movimentos normais do sono.
Por conta disso, é importante não ignorar movimentos diferentes e episódios fora do seu sono habitual. É interessante levar o caso a um especialista para que o problema seja investigado e devidamente diagnosticado.
http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/view/23
https://www.cpaps.com.br/blog/epilepsia-e-sono-entenda-a-ligacao/
https://www.willianrezende.com.br/epilepsia-noturna/
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/570-destaques/34350-voce-sabe-por-que-o-sono-e-tao-importante
FA-589-20 – Outubro/2020
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