O mês de outubro é dedicado à prevenção do câncer de mama. Neste mês, nos deparamos com diversas campanhas, camisetas, fachadas de loja, postagens na internet, tudo isso na cor rosa.

O Outubro Rosa traz uma conscientização importante, pois o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres.

Aderindo à campanha, trouxemos neste artigo tudo que você precisa saber sobre a prevenção do câncer de mama. Afinal, quando feito o diagnóstico precoce, as chances de cura chegam a 95%.

Boa leitura e atenção aos sinais! 

O que é câncer de mama? 

O câncer é caracterizado por uma multiplicação anormal de células em nossos organismos. Dessa forma, essa multiplicação atinge órgãos e tecidos, comprometendo a saúde em diferentes níveis. Dessa forma, o câncer de mama ocorre quando essa multiplicação desordenada de células ocorre nas células mamárias, o que causa um ou mais tumores nas mamas. 

Quais são as causas do câncer de mama? 

Como todo câncer, a doença acontece por diversos fatores. Pode ser causado por fatores hereditários, hormonais ou comportamentais. Quando o câncer de mama apresenta fatores genéticos, é possível apenas rastrear a doença e cuidar dos demais fatores, para que se diminuam as chances de ter um tumor.

Assim, a prevenção é focada nos fatores hormonais e comportamentais. Conhecendo quais são eles, você pode se atentar e se prevenir, adquirindo hábitos saudáveis, além de ponderar sobre métodos contraceptivos hormonais.

Veja quais são eles: 

Fatores comportamentais  

• Consumo exagerado e frequente de bebida alcoólica; 

• Tabagismo; 

• Hábitos alimentares não saudáveis; 

• Sedentarismo; 

• Obesidade; 

• Exposição frequente a raios X. 

Fatores hormonais 

• Uso de contraceptivos hormonais; 

• Reposição hormonal após a menopausa; 

• Primeira gravidez após os 30 anos.

Vale lembrar que o uso de contraceptivos hormonais e da reposição hormonal sempre devem ser discutidos com um(a) ginecologista de sua confiança. Afinal, vale a pena considerar outras opções, especialmente para as pacientes que já possuem fatores comportamentais ou hereditários que favorecem o surgimento do câncer de mama.

Além disso, hoje a ciência já avançou e existem métodos contraceptivos mais recomendados para cada tipo de paciente, que apresentam menos riscos e se adaptam ao perfil de cada paciente. 

Como me prevenir do câncer de mama? 

Conhecendo as causas hormonais e comportamentais, é possível se atentar a elas e traçar a prevenção necessária. Lembrando que nos casos hereditários, a melhor prevenção é manter as consultas e exames em dia.

Vamos para os detalhes sobre a prevenção: 

Evite o tabagismo 

O cigarro possui cerca de 4.700 substâncias tóxicas, o que significa que quando você fuma, entra em contato com todas elas. Essas substâncias estão relacionadas a diversos tipos de câncer, além de contribuir para o surgimento de outras enfermidades como as doenças cardiovasculares (AVC, infarto, hipertensão…), osteoporose, problemas pulmonares e respiratórios, entre outros.

Portanto, melhor evitar começar ou parar de fumar, não é mesmo? Sabemos que é uma decisão difícil, mas você pode contar com ajuda médica e psicológica, caso precisar. Não tenha vergonha de pedir ajuda. 

Analise o uso de hormônios sintéticos 

Caso a melhor opção para você ainda seja os contraceptivos hormonais ou precise fazer reposição hormonal após a menopausa, tenha acompanhamento médico sempre. Hoje, já existem hormônios naturais e dosagens ideais para cada paciente. Normalmente, no caso da reposição, ela é realizada em tempo limitado. 

Consuma bebidas alcoólicas com moderação 

Assim como o tabagismo, o consumo de bebidas alcoólicas está relacionado ao surgimento de uma série de doenças. Por isso, se você já faz parte de algum grupo de risco, evite ao máximo o álcool. Mas, é claro, um drink no final de semana não vai fazer mal se você tiver hábitos saudáveis na maior parte do tempo. Moderação sempre! 

Exerça sua autonomia 

De acordo com o INCA, o autoexame da mama não é mais recomendado. Isso porque, de acordo com evidências clínicas e estudos, o autoexame apresenta baixa efetividade. Entretanto, a autonomia ao próprio corpo ainda é aconselhada. É aconselhável que as mulheres conheçam seus corpos para serem capazes de detectar anomalias, como os tumores.

Entretanto, esse toque não deve ser padronizado e periódico, como era recomendado no autoexame. A observação e palpação ocasional das mamas ainda são recomendadas, buscando conhecer o que é normal e o que não é em seu corpo. 

Mantenha as consultas e exames em dia 

A melhor prevenção é procurar ajuda profissional. Por isso, mantenha as consultas e exames sempre em dia. A frequência ideal sempre irá depender do perfil da paciente. Assim, fatores como a idade, se já possui o risco de desenvolver câncer ou se já teve um tumor são levados em consideração para a frequência das consultas e exames. Por isso, siga sempre as recomendações do seu médico. 

Mamografia 

O exame de mamografia, normalmente, é recomendado para as mulheres que possuem 50 anos ou mais. O exame deve ser realizado anualmente e serve para detectar possíveis tumores. Contudo, em alguns casos, pode ser recomendado pelo ginecologista para pacientes mais jovens. 

Cirurgia oncológica 

Quando detectado um nódulo suspeito, o médico pode recomendar a cirurgia oncológica, que é feita a partir de uma pequena incisão. Essa cirurgia leva o material para a biópsia, com o objetivo de saber se o nódulo é benigno ou maligno. Em alguns casos, o tratamento recomendado é a remoção do nódulo, também por meio da cirurgia. 

Quais são os sintomas do câncer de mama? 

Conhecer os principais sintomas do câncer de mama também pode ajudar na prevenção. São eles: 

• Aspecto de “casca de laranja” nas mamas; 

• Alterações no mamilo: descamação, inversão ou outras anomalias; 

• Alterações na pele da mama: pode ser tornar avermelhada ou retraída; 

• Presença de nódulos: podem surgir nas mamas, mas também nas axilas ou pescoço em alguns casos;

• Secreção nos mamilos: secreção geralmente sanguinolenta, mas podem ser outros tipos de secreção. 

 Caso note qualquer um destes sintomas, informe seu médico de confiança. Afinal, ter autonomia sobre o próprio corpo é observar os sinais e saber quando procurar ajuda. Consulte um especialista sempre que notar algo de errado, pois juntas somos mais fortes contra o câncer de mama.