Fibromialgia tem cura?

Sabemos que existem diversas doenças com sintomas parecidos. No entanto, por falta de informação, acabamos não obtendo um diagnóstico mais assertivo.

Sabemos que existem diversas doenças com sintomas parecidos. No entanto, por falta de informação, acabamos não obtendo um diagnóstico mais assertivo para o tratamento adequado. Podemos perceber que esses casos são extremamente comuns em pessoas que sofrem de fibromialgia.

Por se tratar de uma doença que envolve dores musculares crônicas, ela tende a ser confundida com outros tipos de diagnósticos. No entanto, é necessário entender como a doença tende a se manifestar, e principalmente, se há cura para quem sofre de fibromialgia.

Nesse post nós iremos abordar o conceito de fibromialgia de forma mais profunda, a fim de tirar todas as dúvidas a respeito do assunto e buscar meios de realizar um diagnóstico mais eficiente do problema.

Boa leitura! 

Afinal, o que é fibromialgia e quais são os sintomas? 

Em geral, podemos definir que a fibromialgia é caracterizada como uma síndrome, acompanhada de dores crônicas generalizadas em todo o corpo, que tendem a durar cerca de três meses. Sabe-se que esse desconforto costuma surgir sem um motivo definido cientificamente, ou então pode ser ocasionado em decorrência de uma reação perante um acontecimento.

Se tratando dos sintomas, podemos incluir os mais típicos, além das dores nos músculos, como por exemplo:

  • Sono não restaurador;
  • Fadiga; 
  • Esquecimento, dificuldade para concentrar ou falta de atenção (distúrbios cognitivos); 

Principais causas da fibromialgia 

Conforme dito ainda, a ciência atual ainda não encontrou uma causa específica para o aparecimento da fibromialgia. O que se sabe, até o momento, são apenas hipóteses. De forma prática, sabe-se que a doença tende a se manifestar com mais frequência entre os familiares, se tratando de predisposição genética. No entanto, ainda não foi encontrado nenhum tipo de gene relacionado à fibromialgia.

Além do contexto familiar, a síndrome tende a aparecer em quem sofre de estresse crônico ou acabou passando por algum trauma psicológico ou físico. Nessas condições, o corpo libera hormônios que costumam contribuir com desequilíbrios na maneira em como as pessoas sentem dores. Em outras palavras, elas se tornam mais sensíveis à dor.

Mesmo que ainda não exista uma resposta mais fundamentada para a causa da fibromialgia, até o momento sabemos que não se trata de uma doença autoimune, e nem inflamatória. Isso porque o processo que desenvolve a dor é totalmente diferente.

Principais fatores de risco da doença 

Se tratando da fibromialgia, podemos notar uma maior incidência da doença em casos mais específicos, como é o caso de mulheres que estão na faixa dos 30 e 50 anos. No entanto, a doença pode se manifestar em qualquer idade, atingindo aproximadamente 2,5% a 6% de toda a população mundial.

As porcentagens são altas, e isso se deve ao fato de que o estresse e traumas são problemas que se manifestam com frequência em determinadas fases da vida.

Principais pontos da fibromialgia no corpo 

De acordo com o reumatologista José Eduardo Martinez, da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), explica que as pessoas que possuem a doença costumam apresentar fortes incômodos onde pessoas comuns não sentiriam. Um exemplo disso é o leve toque no pulso.

O que para muita gente não seria um problema, esse ato, para quem sofre com fibromialgia, poderia desencadear fortes dores. Foi através desse fato que o Colégio Americano de Reumatologia acabou criando o conceito de “pontos de dor” para quem tem fibromialgia. São locais extremamente específicos onde o paciente tende a sentir bastante dor.

Diagnóstico para fibromialgia: como funciona? 

De forma geral, o diagnóstico para a doença costuma ser de forma clínica, conduzido por um reumatologista mediante ao histórico relatado do paciente! Isso porque ainda não existem exames específicos para detectar e comprovar o desenvolvimento da fibromialgia.

No entanto, sabemos que existem outros tipos de doenças comuns que podem contribuir com dores no corpo, e dessa forma, o médico deverá realizar testes específicos (conhecidos como diagnóstico diferencial). Nesses testes, o médico irá realizar um processo de eliminação.

Em outras palavras, o profissional fará testes para descartar outras variáveis que causam dores, esquecimento, cansaço, entre outros. As possibilidades vão se esgotando, até que a possibilidade de ser fibromialgia seja mais provável. Além disso, esses testes também são usados para investigar outras condições de fibromialgia.

Principais complicações da fibromialgia 

Primeiro de tudo, o que podemos observar como uma grande complicação nos quadros de fibromialgia é o impacto na qualidade de vida do portador, ocorrendo muitas vezes por falta de conhecimento e de um diagnóstico mais apurado. Por esse motivo, é bastante comum percebermos que pessoas que sofrem da doença também têm ansiedade e depressão.

De acordo com os pacientes, existe dificuldade em conversar com parentes e até mesmo com profissionais da saúde sobre as dores crônicas, que geralmente tendem a confundi-la com outras questões.

Com isso, o diagnóstico acaba não sendo mais preciso, e o paciente não recebe o tratamento adequado para a doença. Nesses casos, quando a doença não é tratada da forma devida, ela pode “bagunçar” o cérebro, causando perda de memória e dificuldade para raciocinar.

Fibromialgia tem cura? 

Assim como podemos observar em qualquer tipo de problema crônico, ainda não existe uma cura para a fibromialgia. No momento, existe somente o tratamento para controlar e aliviar os sintomas. Sendo assim, o tratamento para a doença divide-se entre processos farmacológicos e não farmacológicos.

No processo farmacológico, envolve a questão de medicamentos específicos e prescritos pelo médico que está avaliando o caso de perto. Em processos não farmacológicos envolve a prática de atividade física, com exercícios específicos tendo acompanhamento.

Devido à sobrecarga vivida por esses portadores, a terapia com psicólogos ou psiquiatras também pode compor o tratamento da fibromialgia. Contudo, as possibilidades irão depender de cada caso clínico.

Conclusão 

Conforme vimos, a fibromialgia ainda não tem cura — assim como grande parte de enfermidades crônicas — mas já possui um tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida do portador da doença. No entanto, é necessário um acompanhamento médico regular, a fim de buscar outros tipos de atividades e fármacos adequados para o estágio do problema.

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