Epilepsia

ETAPAS DO DIAGNÓSTICO DA EPILEPSIA

Como não existe um exame claro que determine o diagnóstico da epilepsia, a identificação da síndrome é feita através de um conjunto de fatores.

Como não existe um exame claro que determine o diagnóstico da epilepsia, a identificação da síndrome é feita através de um conjunto de fatores. Através das trocas entre médico e paciente, além do apoio de testes complementares, é que se torna possível reconhecer os episódios e, assim, optar por uma linha de tratamento.

1ª etapa diagnóstico da Epilepsia

O diagnóstico da epilepsia é feito, principalmente, a partir de uma análise do passado do paciente levando em conta:

  • O tipo de crise ocorrida, ou seja, se foi um episódio convulsivo, de desligamento ou de alerta.

  • Avaliação do histórico do paciente, com a idade de início dos sintomas e recorrência.

  • História familiar.

  • Relato do paciente e de pessoas que presenciaram a crise.

Depois de finalizada essa etapa, é a hora dos exames.

2ª etapa diagnóstico da Epilepsia

Exames complementares também auxiliam bastante no diagnóstico, pois possibilitam informações mais precisas e, portanto, uma melhor definição do tratamento e dos cuidados a serem tomados. São eles:

  • Eletroencefalograma: teste que mede a atividade elétrica do cérebro.

  • Tomografia de crânio: para detectar possíveis lesões ou fraturas.

  • Ressonância magnética do cérebro: ajuda a encontrar o ponto do cérebro que origina as crises.

Mas é importante ressaltar: Os exames são necessários para uma série de condutas médicas, porém, mesmo que não mostrem alterações, o diagnóstico clínico não deve ser desconsiderado.

3ª etapa diagnóstico da Epilepsia

O médico poderá levar em conta a avaliação de alguns sintomas que podem confundir com os da epilepsia antes de fechar o diagnóstico. Um deles é a síncope.

A palavra síncope tem sua origem no grego (Synkoptein) e significa interromper. É um sintoma caracterizado por perda da consciência de curta duração, com recuperação espontânea, rápida e completa, usualmente levando à perda do tônus postural e pode facilmente ser confundido com a epilepsia. No entanto, ela tem outras causas.

Outros fatores comumente avaliados neste diagnóstico diferencial são a doença cardíaca estrutural ou cardiopulmonar, amnésia global transitória, doenças do sono, distúrbios do movimento, pois também apresentam características semelhantes às da epilepsia.

Se, mesmo assim o profissional de saúde ainda estiver incerto sobre o diagnóstico, pois não possui elementos suficientes para afirmá-lo, ele poderá encaminhar o paciente a centros especializados em epilepsia, nos quais serão conduzidos exames mais abrangentes e específicos.

Fontes:

Epilepsy Foundation. Diagnosing Epilepsy. Disponível em: https://www.epilepsy.com/learn/diagnosing-epilepsy. Acesso em: set. de 2019.

Liga Brasileira de Epilepsia. Tudo sobre epilepsia. Disponível em: http://epilepsia.org.br/o-que-e-epilepsia/. Acesso em: set. de 2019.

Hospital Israelita Albert Einstein. Epilepsia. Disponível em: https://www.einstein.br/doencas-sintomas/epilepsia. Acesso em: set. de 2019.

Teixeira WA. Imitadores da Epilepsia: As Crises Não-Epilépticas Fisiológicas. J Epilepsy Clin Neurophysiol. 2007; 13(4, Suppl 1):15-23.

https://www.einstein.br/doencas-sintomas/epilepsia

 

FA-268-19

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