Câncer de Colo de Útero
Laços que abraçam
O câncer de colo de útero é um dos tipos de câncer mais comuns entre as mulheres em todo o mundo, sendo a quarta principal causa de morte por câncer no público feminino. A principal razão para seu desenvolvimento está associada à infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), mas outros fatores também desempenham um papel crucial no seu surgimento. Compreender as causas dessa doença é essencial para a prevenção e detecção precoce, possibilitando um tratamento eficaz e um prognóstico mais favorável.
A principal causa do câncer de colo de útero é a infecção persistente pelo HPV, um vírus altamente contagioso transmitido pelo contato sexual. Existem mais de 200 tipos de HPV, mas apenas alguns subtipos são considerados de alto risco para o desenvolvimento do câncer, como o HPV-16 e o HPV-18.
Na maioria dos casos, o sistema imunológico consegue eliminar a infecção naturalmente em até dois anos. No entanto, quando a infecção persiste, pode ocorrer a transformação das células do colo do útero, dando origem a lesões pré-cancerosas. Se não tratadas, essas lesões podem evoluir para um câncer invasivo ao longo dos anos.
Além da transmissão sexual, o HPV pode ser contraído por meio do contato direto com mucosas infectadas. O uso de preservativos reduz o risco de infecção, mas não garante proteção total, pois o vírus pode estar presente em áreas não cobertas pelo preservativo. Por isso, a vacinação contra o HPV é uma das principais estratégias de prevenção, especialmente quando administrada antes do início da vida sexual.
Embora o HPV seja o principal agente causador, outros fatores aumentam a probabilidade de que a infecção evolua para um câncer. A iniciação sexual precoce e o histórico de múltiplos parceiros sexuais estão entre os fatores de risco, pois aumentam a exposição ao vírus. O uso prolongado de contraceptivos orais também pode estar associado a um risco maior, devido a alterações hormonais que favorecem a persistência do HPV.
O tabagismo é outro fator determinante, pois substâncias tóxicas presentes no cigarro prejudicam o sistema imunológico e facilitam alterações celulares no colo do útero. Mulheres fumantes têm até duas vezes mais chances de desenvolver o câncer de colo de útero em comparação com aquelas que não fumam.
A baixa imunidade também pode favorecer o avanço da infecção por HPV. Mulheres que vivem com HIV ou que fazem uso de medicamentos imunossupressores têm um risco significativamente maior de desenvolver o câncer, uma vez que o organismo apresenta menor capacidade de combater a infecção viral.
O câncer de colo de útero é um problema de saúde pública, sendo mais frequente em países e regiões com acesso limitado a exames preventivos e à vacinação contra o HPV. O rastreamento regular por meio do exame Papanicolau é essencial para detectar alterações celulares precocemente, permitindo que as lesões pré-cancerosas sejam tratadas antes que evoluam para um estágio mais grave.
A conscientização sobre o câncer de colo de útero deve ser amplamente difundida para garantir que mais mulheres tenham acesso à prevenção e ao diagnóstico precoce. A informação é uma ferramenta poderosa para reduzir a incidência e a mortalidade causada por essa doença, proporcionando mais qualidade de vida e bem-estar para a população feminina.
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/fatores-de-risco