7 MITOS E VERDADES SOBRE A FIBROMIALGIA

A fibromialgia pode gerar muitas dúvidas em quem não conhece muito bem essa síndrome dolorosa. Por isso, listamos abaixo alguns mitos e verdades sobre

A fibromialgia pode gerar muitas dúvidas em quem não conhece muito bem essa síndrome dolorosa. Por isso, listamos abaixo alguns mitos e verdades sobre ela:

  1. Como não é possível diagnosticar a fibromialgia por meio de exames, ela é uma doença psicológica.

Mito. Realmente não há nenhum tipo detectável de inflamação ou degeneração dos nervos, ossos ou músculos, porém a fibromialgia é uma condição real. Estudos mais modernos mostraram que ocorre uma amplificação dos impulsos dolorosos nas pessoas afetadas, que podem sentir muita dor com estímulos mínimos, que outras pessoas nem notariam. Por não poder contar com exames para o diagnóstico e o fato de a dor crônica não produzir sintomas físicos visíveis como uma dor aguda  ?  como infarto ou cólica renal, por exemplo, que podem gerar suor frio, agitação e gritos  ? , por muito tempo os sintomas foram desacreditados por muitos profissionais de saúde.1

  1. O único sintoma é a dor.

Mito. Além do quadro doloroso, quem tem fibromialgia costuma se queixar também de fadiga, insônia, rigidez matinal, formigamentos nas extremidades, sensação de inchaço, falta de memória e dificuldades na concentração1,2. É comum a associação de outras condições como a depressão, a ansiedade, a síndrome da fadiga crônica, a síndrome miofascial, a síndrome do cólon irritável e a síndrome uretral inespecífica.2

  1. As mulheres são as mais afetadas.

Verdade, porém, não é uma doença exclusivamente feminina. A proporção é de 6 a 10 mulheres afetadas para cada homem com fibromialgia.3

  1. Não há cura para a fibromialgia.

Verdade. Entretanto, pode ser confortador saber que, embora não exista cura, a fibromialgia não é uma doença progressiva. Em muitas pessoas ela melhora com o tempo e há casos nos quais os sintomas retrocedem quase totalmente. A fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clínica que requer controle1,2. Isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vida, na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais. Nesse contexto, as manifestações devem ser tratadas na direta proporção de sua gravidade. Porém, com o tratamento atual da Fibromialgia é possível a pessoa experimentar ficar sem dor ou com a dor em um nível muito baixo.1

  1. A fibromialgia só atinge pessoas mais velhas.

Mito. A maioria das pessoas afetadas tem entre 30 e 50 anos, mas ela também pode ocorrer na infância e na terceira idade.3

  1. Pessoas com a doença não podem fazer exercícios físicos.

Mito. Os exercícios físicos, principalmente os aeróbicos como dança, natação, caminhada e hidroginástica, são parte importante do tratamento da fibromialgia, pois proporcionam inúmeros benefícios1-4. A prática regular melhora os sintomas da doença, evita contrações dolorosas de grupos musculares, melhora a força muscular, a disposição e a autoestima, favorece a coordenação motora para as atividades diárias, auxilia o controle do peso e da ansiedade, promove uma postura adequada e melhora a condição cardiovascular e a energia4. Leia mais aqui.

  1. O clima pode influenciar na dor.

Verdade. A exposição ao frio pode piorar a sensação de dor, apesar de não se saber exatamente o motivo.1,2

  1. COMISSÃO DE DOR, FIBROMIALGIA E OUTRAS SÍNDROMES DOLOROSAS DE PARTES MOLES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Fibromialgia – Cartilha para pacientes. São Paulo, 2011, 20 p.
  2. HEYMANN et al. Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia. Rev Bras Reumatol 2010; 50(1): p. 56-66. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n1/v50n1a06. Acesso em 14 de set. 2018.
  3. PROJETO DIRETRIZES. ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA (AMB), CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM). Fibromialgia. São Paulo: AMB/CFM; 2004. Disponível em:    http://www2.unifesp.br/grupos/fibromialgia/fibromialgia.pdf. Acesso em 14 de set. 2018.
  4. RIBEIRO, K. L., MARINHO, I. S. F. Fibromialgia e Atividade Física. Fitness & Performance Journal, Rio de Janeiro, v. 4, n. 5, p. 280-287, 2005. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2952010. Acesso em 14 de set. 2018.

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