Epilepsia
Gestação
Saúde Feminina
Este conteúdo faz parte da causa Saúde Feminina
Epilepsia
Gestação
Saúde Feminina
No Brasil, cerca de 4 milhões de pessoas têm epilepsia, o que significa 2% da população. Embora os números pareçam pequenos, a epilepsia é a patologia neurológica mais comum na gravidez. Considerada como grupo de risco, a grávida com epilepsia tem mais riscos durante a gravidez, especialmente considerando que 50% das gestações não são planejadas no Brasil.
Por isso, confira 5 dúvidas frequentes sobre grávida com epilepsia e entenda mais sobre essa doença.
Quando uma paciente com epilepsia decide gestar, é preciso que ela converse com seu médico, afinal, há a possibilidade de trocar sua medicação por uma menos nociva, que minimize os riscos para o bebê. Contudo, metade das gestações não são planejadas no Brasil.
Nestes casos, o acompanhamento da gestante é mais frequente do que em outros grupos. Afinal, os medicamentos podem sim causar alterações cognitivas ou malformações no feto. As chances existem, mas são pequenas e não indicam que a gestante deva abandonar a sua medicação. Afinal, estes riscos são menores do que os riscos causados pela suspensão do tratamento.
É preciso que a gestante mantenha acompanhamento do seu médico durante toda a gestação, pois ele poderá ajustar a dosagem e otimizar o tratamento. Assim, busca-se a melhor alternativa, com os menores riscos possíveis. Não foram encontrados registros recentes que comprovam malformações durante a produção deste texto e de acordo com as referências citadas.
O parto da grávida com epilepsia é de risco, contudo, não há impedimento para a realização do parto natural. A única recomendação é que seja assistido por uma equipe médica especializada, que poderá tomar as devidas providências em caso de uma crise ou outras complicações. Na pesquisa Epilepsia e Gravidez: evolução e repercussões, 62% das pacientes tiveram parto normal, nenhum deles teve complicações.
A ciência ainda não tem respostas absolutas sobre a epilepsia ser ou não agravada durante a gestação. Ela pesquisa citada acima e referenciada ao final deste artigo mostrou que 53% das gestantes não sofreram nenhuma evolução no seu quadro. Em 31%, a epilepsia piorou, mas estes casos estão relacionados com quadros de difícil controle antes da gestação. Já em 16% dos quadros houve melhora.
Independentes destes dados, a recomendação médica é que as mulheres com epilepsia que desejam gestar passem por uma avaliação e acompanhamento médico antes da gravidez.
A amamentação é recomendada para as mães com epilepsia, contudo, é preciso ter atenção a alguns detalhes. O cansaço e dormir poucas horas por noite são fatores que aumentam a incidência de crises convulsivas. Se a mãe estiver muito cansada é recomendável que intercale com a mamadeira. Uma profissional do aleitamento materno pode ajudar neste período.
No que diz respeito à medicação, ela deve continuar conforme a prescrição médica. Contudo, se o bebê apresentar muita sonolência ou agitação excessiva, procure seu médico para ajustar a dose ou trocar a medicação.
Nos casos em que o quadro é estável e sem crises frequentes, não há a recomendação de cuidados especiais. Contudo, se a mulher apresenta crises constantes, é preciso tomar cuidado com alguns momentos como o banho, o transporte e ao trocar a criança.
É recomendável evitar transporte corporal, como os slings. Também é preferível deixar a banheira no chão ou em locais baixos. Isso vale para a troca de roupas, que deve ser feita em lugares baixos. As recomendações são para evitar possíveis quedas diante de uma crise epiléptica, especialmente se a mãe estiver sozinha com o bebê.
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