Epilepsia
O paciente que possui a patologia, além de ter que lidar com as manifestações da doença, também se vê envolto de preconceitos e estigmas que a cercam.
A história da epilepsia está cercada de desinformação, mas mais ainda de uma extensa literatura que busca desmistificá-la e trazer luz e cuidado para os pacientes que convivem com ela.
A epilepsia, como já adiantamos, é uma doença neurológica e que não está associada com doenças mentais. Pessoas com doenças mentais podem sofrer com a síndrome, mas as duas não estão diretamente ligadas.
Esse é um dos principais mitos que cercam a síndrome.
Não se deve tentar proteger a língua da pessoa em crise e muito menos inserir objetos para evitar que ela feche a boca, pois pode machucar quem está em crise e também quem a tenta ajudar.
A atitude correta em casos de crise é virar o paciente de lado, colocando um objeto bem macio abaixo da cabeça, evitando que se machuque, afrouxar as roupas e desabotoar os botões também ajuda.
Lembre-se: crises que duram mais de cinco minutos devem ser vistas como emergência médica. Neste caso, busque por ajuda chamando uma ambulância.
Nem toda convulsão está ligada à epilepsia. Para ser considerado crise epiléptica é preciso que haja repetidas crises em um período maior que 24 horas entre elas. O correto é que o paciente receba avaliação médica para entender a causa da convulsão e o melhor tratamento.
As crises podem se apresentar de diferentes maneiras, nem todas estão ligadas ao desligamento da consciência. Há pessoas que se mostram “normais”, mas, em crises, não têm controle sobre seus atos. A crise, muitas vezes, é mais traumática para quem a assiste do que propriamente para quem a vivência.
Sim, pessoas com a síndrome podem viver normalmente caso sigam corretamente o tratamento com medicamento, podendo até serem consideradas curadas, para isso devem ficar dez anos sem crises e cinco anos sem uso de medicamentos anticonvulsionantes.
O estresse é um dos fatores que pode contribuir para as crises. Além de desencadear, o estresse também colabora para problemas psicológicos em pessoas que convivem com epilepsia, pois o receio de entrar em crise pode fazer com que a pessoa deixe de praticar atividades como esportes, sair com os amigos, fazendo com que ela se isole e possa vir a apresentar problemas psicológicos.
A epilepsia é uma síndrome como qualquer outra, que deve ser tratada e acompanhada de perto, e não impede o portador de ter uma vida de qualidade.
E você, conhece alguém que ainda tem uma visão folclórica sobre epilepsia? Que tal enviar esse conteúdo para ela?
Referências
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-26492006000500009
https://www.epilepsiabrasil.org.br/duvidas-frequentes
https://epilepsia.org.br/mitos-e-verdades-de-epilepsia/
https://www.neurologico.com.br/mitos-e-verdades-sobre-a-epilepsia/
FA-550-20 – Setembro/2020
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