Bexiga Hiperativa
Enquanto a bexiga hiperativa diz respeito a uma série de sintomas ligados ao funcionamento excessivo da bexiga, a incontinência urinária é o nome dado à perda involuntária de urina. A primeira doença pode ou não acompanhar a segunda.
Embora sejam diagnósticos diferentes, os dois problemas comprometem a qualidade de vida e afetam o dia a dia do paciente. Como a bexiga não funciona normalmente, é comum se tornar refém da doença e ter atividades profissionais e sociais comprometidas. Para impedir que isso aconteça, é fundamental o conhecimento sobre os problemas para tratá-los da melhor forma.
Como o nome indica, a bexiga hiperativa é a doença caracterizada pela atividade excessiva da bexiga. Quem sofre do problema enfrenta uma vontade constante de urinar e aumento do número de micções diárias — mais de sete vezes em 24 horas. Além disso, pode acordar mais de uma vez durante a noite para urinar. A bexiga hiperativa também pode causar perda involuntária de urina, o que faz ser confundida com a incontinência urinária.
O problema pode ter causas conhecidas, como infecção, e ser associado a doenças neurológicas, Parkinson e esclerose múltipla. Porém, em alguns casos, não há nenhum fator associado. Quando isso acontece, a doença é classificada como idiopática.
Ao observar qualquer um dos sintomas da bexiga hiperativa, é indicado buscar orientação para médica para que o diagnóstico seja concluído e o tratamento encaminhado. Para diagnosticar a bexiga hiperativa, o profissional analisa os sintomas e exames. Podem ser solicitados exames de urina e ultrassonografia para analisar a imagem das vias urinárias.
O tratamento da bexiga hiperativa inclui o uso de medicamento para diminuir a hiperatividade dos músculos da bexiga, restrição da ingestão de líquidos no final do dia para evitar a necessidade de urinar durante à noite e exercícios para fortalecer o assoalho pélvico.
A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina, ou seja, o indivíduo não consegue controlar o ato de urinar. Algumas pessoas acreditam que o problema é natural devido ao processo de envelhecimento, já que muitos idosos apresentam o sintoma. No entanto, a incontinência urinária é uma doença que deve ser diagnosticada e tratada como qualquer outra.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, o problema atinge 10 milhões de brasileiros de todas as idades e é duas vezes mais comum no sexo feminino. A doença pode ser causado por inúmeros fatores que vão desde infecção e estresse até gravidez e menopausa.
A incontinência urinária apresenta três classificações diferentes. São elas:
Incontinência urinária de esforço
A incontinência urinária de esforço acontece quando há perda de urina quando a pessoa faz algum exercício, se movimenta, tosse ou ri.
Incontinência urinária de urgência
Já a incontinência urinária de urgência, é mais grave e caracterizada pela vontade súbita de urinar durantes as atividades diárias. Nesse caso, se perde urina antes mesmo de chegar ao banheiro.
Incontinência mista
Incontinência mista é o nome dado quando os dois tipos de incontinência se apresentam juntos. O principal sintoma é a impossibilidade de controlar a perda de urina.
Se identificou com algum dos sintomas citados? É hora de procurar um médico para o diagnóstico adequado. Para identificar a incontinência urinária, é elaborado um diário miccional, onde o paciente registra as características e frequência da perda de urina, além da solicitação de exames, como o exame urodinâmico, que detecta o mau funcionamento da bexiga.
O tratamento da incontinência urinária vai depender do tipo de incontinência, da gravidade e qual a causa do problema. Em alguns casos, pode ser necessário combinar tratamentos. Em outros, o paciente pode ser encaminhado para uma cirurgia.
Geralmente, a incontinência urinária é tratada com exercícios que reforçam os músculos do assoalho pélvico e procedimento cirúrgico. A cirurgia de Sling, como é chamada, coloca um suporte que reforça os ligamentos que sustentam a uretra. Assim, aumenta a capacidade de segurar a urina. O médico também pode indicar medicamentos para o tratamento da doença.
Referências:
http://www.controleurinario.com.br/conteudo/bexiga-hiperativa-x-incontinencia-urinar/14/
https://portaldaurologia.org.br/publico/faq/o-que-e-bexiga-hiperativa/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/incontinencia-urinaria/
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/incontinencia-urinaria
FA-548-20 – Setembro/2020
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