É comum ouvirmos falar dos sintomas indesejáveis da gravidez, como os enjoos do primeiro trimestre ou as dores nas costas depois que a barriga aumenta, porém, a mudança hormonal dessa fase e a da amamentação pode ter efeitos protetores contra algumas doenças e aumentar o bem-estar das mamães^1,2. Alguns benefícios duram apenas um período, outros podem ser permanentes. Veja abaixo alguns deles:

• Proteção contra o câncer de mama. Vários estudos relacionaram a amamentação com um menor risco de desenvolvimento de câncer de mama.^1,2 Quanto mais prolongada a amamentação, maior a proteção: o risco relativo de câncer parece diminuir 4,3% a cada 12 meses amamentando, segundo estudos. Estima-se, inclusive, que os casos de câncer de mama nos países mais desenvolvidos cairiam pela metade se as mulheres amamentassem por mais tempo^1,2.

• Proteção contra o câncer de ovário. Esse câncer também parece ter seu risco diminuído por causa da gestação e da amamentação^1,2. Uma das possíveis causas é que durante esse período os ovários “descansam” da ovulação, o que teria um efeito protetor.²

• Menor risco de fraturas por causa da osteoporose. Estudos sugerem que mães que amamentam teriam um risco menor de fraturar o quadril e o braço por causa da osteoporose, mais comum depois da menopausa. Em um estudo americano, mulheres que amamentaram por mais de 8 meses tinham os ossos mais densos que as que não amamentaram.²

• Diminuição das cólicas menstruais. Quando voltam a menstruar alguns meses após o parto, algumas mulheres experimentam menos cólicas menstruais do que antes da gravidez¹, inclusive em casos de endometriose³.

• Proteção contra a esclerose múltipla. Um estudo australiano concluiu que o risco de desenvolver esclerose múltipla era menor quanto mais gestações as mulheres estudadas tiveram. Mulheres com três filhos, por exemplo, tinham 75% menos chances de desenvolver a doença do que mulheres sem filhos. O mesmo não aconteceu com os homens estudados, mostrando que provavelmente essa proteção se dá por causa das transformações que o corpo feminino passa durante a gestação, mas ainda são necessários mais estudos.⁴