A esquizofrenia é um transtorno mental complexo e crônico que afeta a maneira como a pessoa pensa, sente e se comporta. Caracterizada por distorções da realidade, ela interfere diretamente na percepção e nas habilidades cognitivas do indivíduo. Não é uma condição de “personalidade dividida” ou “múltiplas personalidades”, como muitos acreditam erroneamente. A esquizofrenia é, na verdade, um transtorno psicótico que pode afetar severamente a capacidade de distinção entre realidade e ilusão. Sua causa exata ainda não é completamente compreendida, mas é atribuída a uma combinação de fatores genéticos, bioquímicos e ambientais. Evidências sugerem que anormalidades nos neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da doença. Além disso, a esquizofrenia geralmente surge no final da adolescência ou no início da vida adulta, sendo rara em crianças e adultos mais velhos.

Sintomas da esquizofrenia

Os sintomas da esquizofrenia são frequentemente divididos em três categorias principais: positivos, negativos e cognitivos. Os sintomas positivos referem-se a comportamentos que não são comuns em indivíduos saudáveis. Exemplos incluem alucinações, delírios e pensamento desorganizado. As alucinações, especialmente auditivas, são frequentes, fazendo com que o indivíduo ouça vozes inexistentes. Os delírios, por sua vez, consistem em crenças falsas que persistem apesar das evidências contrárias, como acreditar que está sendo perseguido ou vigiado. Os sintomas negativos envolvem a perda de funções normais, como a capacidade de expressar emoções ou manter relações sociais. Indivíduos com esquizofrenia podem apresentar um empobrecimento afetivo, onde o rosto permanece inexpressivo, ou perder o interesse em atividades que antes lhes davam prazer. A redução na comunicação verbal e a dificuldade de iniciar e manter tarefas também são comuns. Os sintomas cognitivos afetam as capacidades de pensar e tomar decisões. Isso inclui dificuldade em se concentrar, problemas de memória e uma capacidade reduzida de processar

informações de maneira lógica e organizada. Isso pode prejudicar significativamente a vida acadêmica ou profissional de uma pessoa com esquizofrenia, uma vez que tarefas cotidianas passam a ser desafiadoras.

Incidência e fatores de risco

A esquizofrenia é um transtorno relativamente raro, afetando cerca de 1% da população mundial. Embora sua prevalência não varie muito entre diferentes regiões, a distribuição dos casos e a gravidade podem ser influenciadas por fatores sociais e ambientais. Homens tendem a desenvolver a condição ligeiramente mais cedo do que as mulheres. Nos homens, os sintomas frequentemente surgem entre os 18 e 25 anos, enquanto, nas mulheres, a faixa etária varia entre 25 e 35 anos. Vários fatores aumentam o risco de desenvolver esquizofrenia. A predisposição genética é um dos mais importantes. Indivíduos com parentes de primeiro grau, como pais ou irmãos, diagnosticados com a condição apresentam um risco maior. Entretanto, o risco genético por si só não é suficiente para causar a doença. Eventos de vida estressantes, complicações durante a gravidez ou o parto e exposição a vírus no útero também podem contribuir. O suporte familiar também é essencial no tratamento da esquizofrenia. Educar familiares sobre a condição e fornecer suporte emocional pode ajudar a criar um ambiente mais estável e favorável à recuperação. Apesar de ser um transtorno crônico, muitas pessoas com esquizofrenia conseguem levar uma vida funcional e gratificante com o tratamento adequado e suporte contínuo. Acesse nosso site e fale com nossos especialistas!