Esquizofrenia

Esquizofrenia: O que é, quais os sintomas e como é feito o diagnóstico?

A esquizofrenia é um transtorno complexo que afeta pensamentos, emoções e percepção da realidade.

A esquizofrenia é um transtorno mental grave e complexo que afeta a forma como a pessoa pensa, sente e percebe a realidade. Embora seja mais frequentemente diagnosticada no final da adolescência ou no início da vida adulta, pode se manifestar em diferentes fases da vida. Seu impacto vai além dos sintomas visíveis, afetando profundamente as relações sociais, a autonomia e a qualidade de vida do indivíduo. O avanço das pesquisas nas últimas décadas tem permitido compreender melhor seus mecanismos e aprimorar o diagnóstico e o tratamento, mas ainda há desafios significativos no reconhecimento precoce e na redução do estigma que envolve a doença.

O que é esquizofrenia

A esquizofrenia é caracterizada por uma desorganização nos processos mentais, o que pode gerar interpretações distorcidas da realidade. Trata-se de uma condição crônica que, apesar de não ter cura, pode ser controlada com tratamento adequado. Estudos indicam que ela resulta de uma interação complexa entre fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais. Alterações em neurotransmissores como a dopamina e o glutamato, assim como alterações estruturais e funcionais no cérebro, estão entre os achados mais comuns em exames de neuroimagem. O estresse intenso e eventos traumáticos, especialmente na infância e adolescência, também são apontados como potenciais gatilhos para indivíduos predispostos.

Sintomas e manifestações clínicas

Os sintomas da esquizofrenia são divididos, na psiquiatria, em positivos, negativos e cognitivos. Os positivos incluem delírios, alucinações e pensamento desorganizado, que representam um acréscimo anormal à experiência mental do paciente. Os negativos correspondem à diminuição ou ausência de funções normais, como a perda de motivação, retraimento social e redução da expressividade emocional. Já os sintomas cognitivos afetam a memória, a atenção e a capacidade de planejamento. É comum que a doença se desenvolva de forma gradual, com sinais sutis antes do surgimento de episódios psicóticos mais evidentes. Essa fase inicial, conhecida como pródromo, pode durar meses ou anos, sendo um momento crucial para a intervenção precoce, que está associada a melhores resultados no tratamento.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da esquizofrenia é clínico, baseado em uma avaliação psiquiátrica criteriosa, que considera a história de vida do paciente, o relato de familiares e a observação direta dos sintomas. Não existem exames laboratoriais que confirmem a doença, mas métodos como ressonância magnética, tomografia e exames de sangue podem ser utilizados para descartar outras condições médicas ou neurológicas que causem sintomas semelhantes. Os critérios diagnósticos seguem padrões internacionais, como o DSM-5 e a CID-11, que estabelecem a duração mínima e a combinação de sintomas necessários para caracterizar o transtorno. Um ponto importante é que o diagnóstico precoce pode evitar o agravamento da condição e reduzir o impacto funcional a longo prazo.

A esquizofrenia é uma condição complexa que exige atenção multidisciplinar, tanto no diagnóstico quanto no tratamento. Reconhecer seus sintomas precocemente e compreender que se trata de uma doença de base biológica, e não de fraqueza pessoal, é essencial para quebrar o estigma e favorecer a adesão ao cuidado. O avanço científico tem permitido tratamentos mais eficazes e estratégias de reabilitação que visam reintegrar o indivíduo à vida social e profissional, demonstrando que, com acompanhamento contínuo, é possível viver com qualidade mesmo diante do transtorno.

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Chamada: A esquizofrenia é um transtorno complexo que afeta pensamentos, emoções e percepção da realidade. Entenda o que é, reconheça os sintomas e saiba como é feito o diagnóstico. Informação é o primeiro passo para combater o estigma e promover cuidados eficazes.

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