Esquizofrenia

Esquizofrenia: desmistificando a doença

A esquizofrenia é uma das doenças mentais mais mal compreendidas e estigmatizadas na sociedade moderna

A esquizofrenia é uma das doenças mentais mais mal compreendidas e estigmatizadas na sociedade moderna. Através dos séculos, ela foi interpretada de diferentes formas, muitas vezes associada a mitos, medos e até mesmo ao sobrenatural. Hoje, com os avanços na medicina e na psicologia, sabemos que a esquizofrenia é um transtorno mental complexo, caracterizado por distúrbios no pensamento, nas emoções e no comportamento. No entanto, ainda persiste o desconhecimento sobre o que realmente significa viver com essa condição, e por isso é importante desmistificar alguns conceitos e apresentar informações claras sobre o tema.

 

A natureza da esquizofrenia

 

A esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico que afeta a maneira como a pessoa percebe a realidade. Ela pode se manifestar de diversas formas, mas geralmente envolve episódios de delírios, alucinações, pensamentos desorganizados e dificuldades em distinguir o que é real do que não é. Embora os sintomas possam variar, é comum que as pessoas que sofrem da doença enfrentem uma desconexão entre seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, o que pode prejudicar significativamente sua vida social e profissional.

É importante destacar que a esquizofrenia não é uma “personalidade dividida” como frequentemente retratado em filmes e mídia popular. A ideia de que pessoas com esquizofrenia possuem múltiplas personalidades é um equívoco. Na realidade, a esquizofrenia afeta a capacidade da pessoa de processar informações e responder ao ambiente de maneira coerente. As alucinações auditivas e visuais, os delírios de perseguição ou grandeza e o pensamento desorganizado são apenas alguns dos sintomas que podem ocorrer.

 

Causas e fatores de risco

 

Embora a causa exata da esquizofrenia ainda não seja completamente compreendida, os especialistas acreditam que a genética desempenha um papel importante no desenvolvimento da doença. Pessoas com parentes próximos que têm esquizofrenia têm uma probabilidade maior de desenvolver a condição, o que sugere uma predisposição genética. No entanto, fatores ambientais também são relevantes, como o estresse, o abuso de substâncias e experiências traumáticas durante a infância.

Anomalias no cérebro, como desequilíbrios químicos e alterações na estrutura cerebral, podem contribuir para o surgimento da esquizofrenia. O neurotransmissor dopamina, por exemplo, tem sido implicado em vários estudos relacionados à doença. O excesso de dopamina em algumas áreas do cérebro pode levar à manifestação de sintomas psicóticos, como delírios e alucinações.

 

Tratamento e manejo

 

O tratamento da esquizofrenia envolve uma combinação de medicamentos e psicoterapia, com o objetivo de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Os antipsicóticos são os medicamentos mais comuns no tratamento da esquizofrenia. Eles ajudam a reduzir os sintomas psicóticos, como as alucinações e os delírios. No entanto, os efeitos colaterais dos antipsicóticos podem ser desafiadores, e é importante que os pacientes tenham acompanhamento médico regular para ajustar a medicação de acordo com suas necessidades individuais.

A esquizofrenia é uma condição complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas com o tratamento certo, é possível viver bem e com qualidade de vida. É fundamental que, como sociedade, desmistifiquemos a doença, combatendo os estigmas e oferecendo apoio aos indivíduos afetados. Ao fazer isso, não só ajudamos a melhorar a vida de quem sofre com a esquizofrenia, mas também promovemos uma compreensão mais profunda e humanizada das doenças mentais em geral.

Fontes:

https://www.abp.org.br/post/desmistificando-esquizofrenia-abp-tv

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