Dor
A dor pode ser aguda ou crônica. A dor aguda geralmente surge de repente, sem aviso prévio e é causada por um fator específico. Ela é semelhante à febre, surge repentinamente e precisa ter descoberta a causa que, uma vez resolvida, faz desaparecer o sintoma inicial3. Sua duração também é limitada, por no máximo seis meses1. Quando ela dura mais de seis meses, torna-se crônica e deixa de ter alguma função de aviso e se torna uma doença3.
Os principais causadores da dor aguda incluem1:
– Procedimento cirúrgico
– Ossos fraturados
– Dor de dente
– Dor pós-parto
Apesar dos avanços significativos nas pesquisas sobre dor nas últimas décadas, o controle insuficiente da dor aguda ainda é mais a regra do que a exceção. Estudos mostram que 30% a 40% de pacientes que recebem alta em procedimentos ambulatoriais sofrem de dor moderada a intensa durante as primeiras 24 a 48 horas1.
Já a dor crônica é aquela que gera uma sensação dolorosa que dura mais de seis meses. Cerca de 30% dos brasileiros sofrem com ela, repetidamente e periodicamente. Para esta parcela da população, a dor não é sintoma, sinal, aviso: é a própria doença3.
Este tipo de dor persiste mesmo depois que a condição subjacente que a causou tenha sido tratada e curada. Os sinais de dor permanecem ativos no sistema nervoso central por um longo período de tempo. Algumas pessoas sofrem de dor crônica mesmo quando não tiveram uma lesão ou doença. A dor crônica está especialmente relacionada à cefaleia, artrite, câncer, dor nervosa, lombalgia e fibromialgia2.
Os indivíduos que têm dor crônica desenvolvem efeitos físicos que são estressantes para seu organismo. Alguns exemplos são a tensão muscular, capacidade limitada de locomoção, prostração (falta de energia) e inapetência. Os efeitos emocionais da dor crônica incluem depressão, raiva, ansiedade e medo. Tais sensações podem limitar a capacidade da pessoa de retornar às suas atividades profissionais e sociais2.
Conheça as principais diferenças entre a dor aguda e a dor crônica3:
DOR AGUDA |
DOR CRÔNICA |
Serve como alerta para o organismo de que algo não está bem. É um sintoma, uma reação. |
Pode ser sintoma de doenças existentes ou – o mais surpreendente – não ter qualquer causa demonstrável em exames. Portanto, ser a própria doença.
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Dura o tempo “esperado”, geralmente menos de três meses (no máximo seis), não é contínua ou regular e surge de repente. |
Dura mais que do que tempo esperado, depois da fase necessária para o tratamento. Ainda se enquadra caso for contínua, tiver períodos regulares ou crises intermitentes – com duração superior a três meses. |
Tipos: Colisão que deixa corpo machucado (como bater em uma porta, por exemplo), pedra nos rins, dor forte no peito que pode indicar um infarto, dificuldade na respiração que pode ser causado por uma pneumonia, entre outros. |
Tipos: Dor na coluna, lombar, alguns tipos de dor de cabeça (enxaqueca), dor do câncer, do nervo ciático, entre outros. |
Condutas: Como é o indicador de diversas doenças, não há tratamento único. O primeiro passo é tratar a causa da dor.
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Condutas: Além de medicação prescrita por médico, geralmente com analgésicos, é comum necessitar de antidepressivos também, pois a dor atinge o lado psicológico do paciente, já que o imobiliza ou afeta o cotidiano. Requer um tratamento não apenas com remédios, mas com uma equipe multidisciplinar que estude todas as causas da dor, tanto as psicológicas como as físicas. |
1. Garcia JBS. A dor aguda: um problema desafiador. Revista Dor.2013;14(3):163.
2. Cleveland Clinic. Acute vs. Chronic Pain. Disponível em: https://my.clevelandclinic.org/health/articles/12051-acute-vs-chronic-pain. Acesso em: set. de 2019.
3. Blog da Saúde. Ministério da Saúde. Entenda a diferença entre as dores agudas e crônicas. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/31572-entenda-a-diferenca-entre-as-dores-agudas-e-cronicas.
FA-267-19
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