Bexiga Hiperativa

A IMPORTÂNCIA DE TRATAR A BEXIGA HIPERATIVA

Por causa da frequência e da urgência para urinar, a patologia gera a necessidade e a preocupação de ter um banheiro sempre por perto, o que acaba

Por causa da frequência e da urgência para urinar, a patologia gera a necessidade e a preocupação de ter um banheiro sempre por perto, o que acaba limitando bastante as opções de atividades fora de casa ou de um escritório. Quando há incontinência urinária, a situação torna-se ainda pior, pois o medo de urinar em público pode gerar uma apreensão constante, gerando sentimentos como constrangimento e isolamento, diminuindo a autoestima.

Além disso, ter que se levantar durante a noite para urinar é uma das causas mais comuns para os distúrbios do sono, a falta de energia, a sonolência durante o dia, a piora da saúde como um todo e a diminuição da qualidade de vida. Para pessoas idosas, representa ainda um risco aumentado de quedas e possíveis fraturas, pois a chance de tropeçar e cair por estar escuro e com sono é bem maior.

Para amenizar todos esses sintomas, é muito importante procurar o tratamento correto, que pode envolver, entre outras opções:

  • Mudanças de comportamento

Diminuir a ingestão de bebidas gaseificadas e/ou com cafeína (café, refrigerante de cola, chá preto, energéticos etc.), por exemplo, pois ela tem efeito diurético.

  • Diário do paciente

Para saber melhor como cada bebida afeta a sua bexiga em particular, você fazer um diário com tudo o que consumir e os horários de todas as idas ao banheiro, assim fica mais fácil identificar alguns padrões.

  • Treinamento vesical

Treinar a sua bexiga urinando em intervalos de tempo determinados. Por exemplo: ao anotar todas as suas idas ao banheiro é possível perceber a média de tempo que leva entre uma micção e outra.

Com essa informação, o seu médico (ou médica) pode sugerir que você tente segurar a urina por um tempo um pouco maior, que será aumentado progressivamente quanto mais você conseguir segurar. Esse treinamento pode melhorar a incontinência urinária em até 15% dos casos e os sintomas relacionados à bexiga hiperativa em 50%.

  • Medicamentos 

Alguns remédios podem melhorar os sintomas, principalmente a vontade urgente de urinar, a frequência das idas ao banheiro e a incontinência causada pela urgência. A combinação de medicamentos e mudanças comportamentais produz resultados melhores do que os alcançados individualmente.

  • Fortalecimento do assoalho pélvico

O assoalho pélvico é um conjunto de músculos e, como tal, precisa ser exercitado. Ele é responsável pela sustentação dos órgãos pélvicos como bexiga, útero, reto, intestino e  próstata. Quando está enfraquecida, a região vai perdendo a força e causa a incontinência urinária.

Exercícios específicos para os músculos do assoalho pélvico ajudam a melhorar o controle da bexiga e amenizar os sintomas da bexiga hiperativa. Saiba como clicando aqui.

Lembrando que o médico que acompanha o seu caso é a pessoa apta a prescrever o tratamento ideal para você. Por isso, faça sua consulta com um urologista e siga corretamente o tratamento. A bexiga hiperativa não apresenta riscos de saúde, mas pode causar sim  prejuízo à qualidade de vida do paciente. Quanto antes você buscar ajuda, maiores são as chances de conseguir um tratamento efetivo.

Fontes:

IUGA (INTERNATIONAL UROGYNECOLGICAL ASSOCIATION). Overactive Bladder: A Guide for Women. Site da IUGA. Disponível em: http://c.ymcdn.com/sites/www.iuga.org/resource/resmgr/leaflet/Overactive_Bladder.pdf. Acesso em 16 de jul. 2018.

CAVALCANTE, G. et al. Bexiga Hiperativa Idiopática: Tratamento Conservador não-medicamentoso. Site da Sociedade Brasileira de Urologia. Disponível em: http://sbu.org.br/pdf/diretrizes/novo/bexiga_hiperativa_idiopatica_tratamento_conservador_nao_medicamentoso.pdf. Acesso em 16 de jul. 2018.

CRUZ, Bruna Oliveira de Almeida Marques da. Sintomas miccionais da síndrome da bexiga hiperativa em idosas e sua interferência na qualidade de vida. 2014. 43 f., il. Monografia (Bacharelado em Fisioterapia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2014. Disponível em: http://bdm.unb.br/handle/10483/10404. Acesso em 17 de jul. 2018.

VAN DER VAART, C. H. et al. The effect of urinary incontinence and overactive bladder symptoms on quality of life in young women. BJU International (2002), 90, 544–549. doi:10.1046/j.1464-4096.2002.02963.x. Acesso em 16 jul. 2018.

VIANA, S. B. P. et al. Incontinência Urinária e Sexualidade no cotidiano de mulheres em tratamento fisioterápico: uma abordagem qualitativa. Sau. & Transf. Soc., ISSN 2178-7085, Florianópolis, v. 3, n. 4, p. 62-70,2012. Disponível em: http://www.redalyc.org/pdf/2653/265324588011.pdf. Acesso em 16 de jul. 2018.

Sociedade Brasileira de Urologia. Bexiga Hiperativa: Terapia Comportamental e Reabilitação do Assoalho Pélvico. Projeto Diretrizes.

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