Saúde Feminina
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Saúde Feminina
O empoderamento feminino é uma das principais pautas do século. Embora a luta das mulheres pela igualdade de direitos e condições na sociedade já tenha décadas, elas ainda enfrentam muitas dificuldades em diversas áreas de suas vidas.
E estes empecilhos vão muito além da conciliação dos diversos papéis que desempenham diariamente e da busca por equiparação salarial. Um dos setores onde elas encontram mais adversidade, e muitas vezes sofrimento, é na hora de cuidar da saúde.
As mulheres historicamente investem muito mais em cuidados médicos. Informações coletadas pelo Programa Nacional de Saúde (PNS) em 2019 mostraram que 82,3% das procuras aos médicos foram feitas por elas. No entanto, as mulheres ainda passam por muitos problemas ao buscar seus cuidados.
A saúde da mulher é muitas vezes resumida à sua saúde reprodutiva e sua capacidade de ser mãe. Além disso, muitas vezes as decisões acerca do próprio corpo são vinculadas à anuência do cônjuge, especialmente na ginecologia.
Por isso, no artigo de hoje, trataremos um pouco sobre a importância de apoiar a liberdade feminina. Boa leitura!
A identidade feminina é tradicionalmente associada ao desejo e à expectativa de ter filhos. No entanto, esta visão já não atende à realidade da mulher contemporânea. Com a conquista de maiores níveis educacionais, a entrada do mercado de trabalho e a independência financeira, cada vez mais mulheres se sentem à vontade para manifestar o desejo não gerar filhos, ou de protelar esta decisão.
Assim, é preciso que os profissionais da saúde compreendem o paradigma social de cada paciente, a fim de apoiar a tomada de decisões e uma rotina de cuidados que vá ao encontro das necessidades de cada uma delas. Desta forma, o profissional da saúde consegue se posicionar de forma ativa como um aliado das mulheres e também promover maior satisfação de sua cliente.
Embora não exista previsão legal para o ato, não é incomum aos médicos perguntar se o marido ou companheiro concorda com uma decisão de tratamento da paciente. A prática é comum e se repete especialmente no campo da ginecologia. Em meados de 2021 chegou à imprensa a notícia de que até mesmo os planos de saúde estavam exigindo consentimento marital para a tomada de decisões reprodutivas, como a inserção do DIU.
Parte importante no processo de apoiar a liberdade da mulher é desvincular as decisões no campo da saúde da anuência de seus cônjuges. Cada paciente deve ter respeitada sua individualidade e suas condições de pesar o impacto de suas decisões sobre seu relacionamento.
Este processo aumenta a autoconfiança das pacientes e entrega efetivamente às mulheres o poder sobre seus próprios corpos.
Ao apoiar a liberdade feminina, dentro e fora dos consultórios, contribuímos para a criação de uma sociedade mais justa. Respeitar as individualidades e aspirações pessoais de cada mulher também ajuda na redução de taxas de depressão e ansiedade entre elas, além de garantir mais dignidade e a garantia de seus direitos humanos.
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