Saúde Feminina
Em meio a esse monte de informações diferentes, é importante lembrar que a gravidez é uma condição fisiológica e natural do organismo feminino, que não deveria ser encarada como um estado que requer uma mudança radical de dieta caso a futura mãe não tenha problemas de saúde e já se alimente de forma saudável.1 Em mulheres bem-nutridas, o próprio organismo faz adaptações que garantem o crescimento e o desenvolvimento do feto e asseguram as reservas necessárias ao parto, à recuperação pós-parto e à lactação.1
Tanto que as principais recomendações são semelhantes àquelas feitas para a maioria da população:
O grande problema é que hoje em dia a alimentação ocidental tem abundância de alimentos ultraprocessados, cheios de aditivos, açúcares e farinhas refinadas que têm valor nutricional muito baixo, as chamadas “calorias vazias”. Esse tipo de alimento constantemente substitui os vegetais e as opções mais saudáveis2, além de serem danosos para o organismo tanto da mãe quanto do bebê por serem inflamatórios e atrapalharem a absorção de vitaminas e minerais3. Além disso, o alto consumo de açúcar refinado aumenta a chance do desenvolvimento de diabetes gestacional, aumento da pressão arterial e obesidade materna e fetal.3
Caso esse seja o seu caso, é necessário passar a se alimentar melhor, o que não quer dizer, necessariamente, entrar em uma dieta. A questão principal é fazer escolhas melhores, como trocar doces por frutas, por exemplo, já que o açúcar tem 5 a 10 vezes mais calorias por grama do que a maioria das frutas. É desembalar menos e descascar mais.2
E se você está grávida e já sentiu a fome aumentar, fique tranquila que isso é normal. A partir do segundo trimestre da gestação, o apetite aumenta naturalmente para que o corpo crie um “estoque de nutrientes”, mas é importante ter em mente que a ideia de “comer por dois” não é verdadeira1.
As necessidades calóricas aumentam cerca de 300 Kcal por dia durante a gestação. E esse valor é uma média da gestação inteira, não quer dizer que você precise aumentar o consumo calórico em 300 kcal desde o início1. O ideal é continuar se alimentando bem e dando preferência a alimentos naturais ou minimamente processados.2
Quanto ao aumento de peso, ele é inevitável de uma maneira geral, já que além do peso do bebê há um aumento nos volumes do sangue, do líquido amniótico e do líquido extravascular, da placenta, das mamas, do útero e das reservas nutricionais.1
Mais importante do que focar apenas no peso, é concentrar-se em ter uma alimentação saudável e variada, que proverá toda sorte de nutrientes para você e seu bebê. Lembre-se de conversar com o/a médico (a) que está acompanhando a sua gestação para ter recomendações personalizadas.
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