Vários estudos mostram que os hábitos alimentares desempenham um papel importante no tratamento da fibromialgia e que uma dieta equilibrada e saudável
Vários estudos mostram que os hábitos alimentares desempenham um papel importante no tratamento da fibromialgia e que uma dieta equilibrada e saudável pode melhorar os sintomas da doença1. Abaixo, listamos algumas dicas que podem ajudar você a fazer escolhas melhores e a ter mais qualidade de vida:
Alimente-se de forma mais saudável. Para ter mais saúde e evitar o excesso de peso e o aparecimento de outras doenças crônicas, é preciso ter uma dieta equilibrada e variada, rica em vegetais (frutas, legumes e verduras) e pobre em gorduras saturadas e açúcares.1 Você pode ver mais dicas sobre alimentação saudável neste link.
Reduza a cafeína. Como é um estimulante, o consumo de cafeína pode atrapalhar o sono. Diminuir o consumo de café, chás (verde, preto, mate etc.) e chocolate pode ajudá-la a dormir melhor.1,2
Prefira proteínas de origem vegetal. Vários estudos sugerem que uma dieta vegetariana (ou com menor quantidade de proteína animal) associada ao consumo de frutas, hortaliças e legumes pode proporcionar um estado mais saudável aos tecidos e reduzir os sintomas da fibromialgia.1-3 Além disso, uma alimentação rica em proteína vegetal pode reduzir a perda óssea em mulheres após a menopausa, a pressão arterial e a incidência de obesidade.2 Alguns vegetais ricos em proteína: feijão, lentilha, ervilha, grão de bico, soja, arroz integral etc.
Ingira mais antioxidantes. Os radicais livres são substâncias produzidas pelo próprio organismo e que provocam o envelhecimento precoce e a destruição de grupos celulares. O excesso deles pode levar também à aparição de cânceres e doenças. Os nutrientes que conseguem combater esses radicais livres são chamados de antioxidantes e podem ser encontrados em vários alimentos. Conheça alguns deles4:
Vitamina C. A deficiência dessa vitamina pode causar dor nos músculos e ossos.1 Pode ser encontrada principalmente em frutas frescas (principalmente nas cítricas) como morango, cereja, acerola, laranja e amoras; nos pimentões verdes e nas verduras de folha verde-escura4 como couve, repolho, mostarda, agrião, rúcula, espinafre, escarola, acelga, alface etc.
Vitamina E. Presente na noz, na avelã, em sementes e nos óleos de peixe, a vitamina E pode ser benéfica contra câimbras e espasmos musculares.4
Betacaroteno. Um importante antioxidante que pode ser encontrado na cenoura, nas frutas cítricas e nos vegetais de folha verde-escura.4
Selênio. A carência de selênio parece provocar fraqueza e dor muscular. É encontrado principalmente nos laticínios, em frutas secas, na cebola, no alho, no tomate e no brócolis.4
Consuma alimentos ricos em cálcio e magnésio. Esses dois minerais participam ativamente das atividades musculares. Uma concentração baixa de cálcio no sangue produz espasmos musculares. Já o magnésio ajuda os impulsos nervosos e é muito importante para a contração muscular, tanto que sua falta produz apatia, fraqueza, tremores, câimbras e a interrupção do processo de produção de energia no corpo. Você pode encontrar o cálcio no leite e em seus derivados, como iogurtes e queijos; e o magnésio em verduras de folha verde, no cacau, na noz, nos mariscos, nos cereais integrais, no gérmen de trigo, em legumes ou em figos secos.4
Melhore o humor e o sono com alimentos ricos em triptofano. O triptofano é um aminoácido que o organismo utiliza para sintetizar a serotonina, um neurotransmissor que acalma a mente, melhora o humor e ajuda a induzir o sono. Em pessoas depressivas os níveis de serotonina são mais baixos do que deveriam. É possível também que a carência de serotonina aumente a sensação dolorosa. O triptofano pode ser encontrado em alimentos à base de carne, em algumas frutas como kiwi e banana, nas nozes, nos ovos e nos queijos, entre outros.4
Prefira as gorduras boas. Sempre que possível, troque a gordura saturada da carne vermelha pelo ômega 3 e pelo ômega 6 dos peixes, que são ácidos graxos essenciais que melhoram o estado cerebral e têm propriedades anti-inflamatórias. A presença dessas substâncias no sangue também está relacionada com uma produção maior de serotonina. Podem ser encontrados em peixes como o arenque, o atum, o salmão, a sardinha e a anchova.4
Fontes:
Referências bibliográficas:
BATISTA, E.D.; ANDRETTA, A.; MIRANDA, R. C.; NEHRING, J.; PAIVA, E. S.; SCHIEFERDECKER, M. E. M. Food intake assessment and quality of life in women with fibromyalgia. Rev Bras Reumatol, v. 56, n. 2, p. 105-110, março–abril 2016,. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0482500415001023. Acesso em: 29 ago. 2016.
SIENA, L. R.; MARRONE, L. A influência da alimentação na redução ou no agravamento dos sintomas apresentados em pacientes portadores de fibromialgia. Revista Saúde e Pesquisa, v. 3, n. 3, p. 339-343, set./dez. 2010. Disponível em: http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/1547. Acesso em: 29 ago. 2016.
MARTINEZ, J. E.; BEVILACQUA, J. M., SACOMAN, D. L. B. Influência do tipo de alimentação na evolução dos sintomas apresentados em pacientes com fibromialgia. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 17, n. 2, p. 69 – 72, 2015. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/22235. Acesso em: 29 ago. 2016.