No dia 17 de outubro é comemorado no Brasil o Dia Nacional da Vacina. A data tem como intuito conscientizar a população sobre a importância da vacinação para o controle de inúmeras doenças e epidemias. A vacina já se mostrou eficaz para a erradicação de doenças graves, como a varíola, por exemplo.

Recentemente, temos visto na prática o quanto a vacina é importante. Com o avanço da vacinação contra a covid-19, o número de casos graves diminuiu consideravelmente. Uma pesquisa realizada em parceria com o Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) mostrou que o avanço da vacinação contra covid reduziu em 96,44% as mortes em decorrência da doença.

Apesar de a pesquisa ter sido realizada em solo brasileiro, essa eficácia é mundial e tem possibilitado, aos poucos, o fim da pandemia que vivemos.

Importância da vacina para a erradicação de doenças

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas evitam 4 mortes por minuto em todo o mundo. Uma doença avassaladora desapareceu por completo, foi erradicada, graças a vacinação. O único caso em que isso foi possível foi com a varíola, doença infectocontagiosa que afetava homens e que fez mais de 300 milhões de vítimas. É considerada até hoje a doença mais catastrófica da humanidade.

Outras doenças são consideradas eliminadas, isso quer dizer que graças a vacinação não existem mais casos dessas doenças. No entanto, como não é possível vacinar seus transmissores, elas podem ser reintroduzidas na sociedade. Esse é o caso da poliomielite (2 e 3) que estão erradicados de boa parte do território ocidental, mas ainda existem em outras partes do mundo.

O sarampo já chegou a ser considerado eliminado, no entanto, em 2019 ele voltou a ser reintroduzido pela falta de vacinação.

Outra categoria é a de doenças controladas, graças à vacinação. Esse é o caso do sarampo atualmente, da difteria, do tétano e da rubéola. Isso quer dizer que existem casos, mas o número é baixo, por isso são consideradas controladas.

Falta de vacinação e retorno de doenças eliminadas

O sarampo, a difteria e a rubéola eram considerados até pouco tempo como doenças eliminadas. A falta de vacinação fez com que o Brasil perdesse o certificado de eliminação do vírus e isso coloca a vida de inúmeras pessoas em risco, principalmente as crianças.

Desde o início da pandemia as entidades percebem a redução da cobertura vacinal de doenças perigosas. Em 2019, a imunização contra sarampo, rubéola e caxumba era de 93,1% e em 2021 esse número caiu para 71,5% quando o recomendado pela OMS é de 95%.

Com isso, os casos de doenças das quais não se comentavam há anos (em alguns casos décadas) tem retornado. De acordo com a Unicef, essa queda na busca por vacinação é em parte responsabilidade dos pais que não entendem o risco que essas doenças representam, pois, cresceram sem vê-las, justamente por conta da vacinação.

Caso a busca por vacinas continue decaindo, a tendência é que cada vez mais doenças consideradas eliminadas retornem e que os casos controlados aumentem ainda mais. Por isso, nesse dia 17 de outubro precisamos relembrar sobre a importância da vacina!

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